Pular para o conteúdo principal

Postagens

Destaques

DALVA BOLINHA

Senhora Dalva patroa, tá lá a patroa Dalva enclausurada em seu retrato. Na parede descascada do salão dos recitais, reina Dalva – a bela dama. Empertigada e altiva. Olhando, olhando, como olha essa mulher, da minha entrada à saída. Só sabe olhar e mais nada, essa antes linda fêmea, patroa de dez mucamas e senhora dos enxovais. Aviso a quem chega agora: pra onde quer que se vá, repare bem nos seus olhos. Aquelas jabuticabas não param quietas nas órbitas. Controla Dalva a fazenda – o café, a entressafra, o gado. Tem de cabeça o estado de cada arado na roça. Não há o que escape da vista da soberana patroa. O que Dalva fazia, e bem feito, eram os bolinhos de chuva. Chovesse ou fizesse sol, tinha disso na despensa. Dalva Patroa, que hoje morta tudo vê, quando viva não enxergava a galharia na testa. Desconfiava, é verdade, mas certeza mesmo, nada. Só sei dizer que Dalva, a patroa tão esguia, afogou todas as cismas se fartando dos bolinhos. Ficou uma bolinha a Dalva, e dessa Dalv

Últimas postagens

Ô Ô Ô Ô, AURORA

COADJUVANTES DA HISTÓRIA - A RODA

O DILEMA DE MOSKA

COADJUVANTES DA HISTÓRIA - EPISÓDIO 6

PARADISE MOTEL

PODE ISSO, PAI?

PING-PONG: A ORIGEM

ARRAIÁ DE ABADÁ

A HORA DESCONCERTANTE

AMARILDO, O DO CONTRA