DA SÉRIE PARANOIAS PANDÊMICAS - BUZANFA NA BUFUNFA

 




Com a buzanfa montada na bufunfa (e que bufunfa: 20 lindos bilhõezinhos!), lá esta o palmito, em seu muquifo de despachos.



Alguns, especialmente daquela turma que torce contra, questionarão a atitude. Tendo o valoroso herói de guerra o termo "bolso" até no nome, nada justificaria a molecagem de sentar-se em cima do montante. Mais acertado seria enfiá-lo prudentemente na algibeira. Sendo a quantia tão alta, não faria sentido aboletar-se nela como um moleque insubordinado de quinta série.



Tá oquei, vá lá, até admite-se o descuido, ele tem mesmo desses rompantes. Mas nosso adorado messiânico sabe o que faz. Que venham as ofertas. E que os representantes dos laboratórios mantenham-se em fila indiana, para evitarem pisoteamento, na ânsia de venderem seus estoques encalhados de imunizante. Prontos a esganarem-se uns aos outros pelo privilégio de assinarem seus contratos com a nação, trazem numa das mãos a minuta e na outra a Bic já destampada.



Nosso líder poderia, sim, ter aceitado a proposta feita pelo calça justa em julho de 2020. Porém, astuto negociante, esperou que a pandemia chegasse ao finalzinho - como agora - para escolher a farmacêutica que melhor lhe conviesse e mandasse uma oferta aviltante, a níveis de fim de feira, para fazer valer o suado dinheiro do contribuinte. Valeu, palmito - orgulho da nossa raça, exemplo para nossa gente, modelo para o mundo de governo visionário, estratégico e bem sucedido.









Esta é uma obra de ficção.

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