COADJUVANTES DA HISTÓRIA - EPISÓDIO 2
Assassinato de John Kennedy
- Um dia ainda vou ter um desse... Lincoln Continental! Que máquina!!!
- Para de ficar sonhando aí e vamos fazer o serviço. O servicinho sujo, né. Mas a grana é boa, era pegar ou largar.
- Matar um presidente dos Estados Unidos. Francamente, isso não é exatamente o que mamãe sonhou pro filho dela.
- Olha que beleza... tá encaixadinha a bomba. Agora me ajuda aqui com os arames, tem que deixar bem preso o artefato no chassi do carro. A segurança do Kennedy pode fazer a revista que for, nenhum perito em vistoria ou esquadrão antibomba vai achar esse explosivo aqui.
- Nossa... isso é o suficiente pra transformar o Grand Canyon em farofa. Vai todo mundo pelos ares. O John Kennedy, aquela delícia da mulher dele, o governador do Texas, o prefeito de Dallas, os guarda-costas, não vai sobrar ninguém. Mas como é que é o negócio, quando o bagulho vai explodir?
- Depois que terminar o desfile em carro aberto. Assim que o motorista desligar a chave de ignição, a bomba explode e todos viram carne moída. A coisa vai ser tão forte que não vai dar para identificar os corpos.
- Não tem risco de falhar a detonação?
- Chabu? Risco zero. Não faço serviço meia boca. Fiquei sabendo que a ideia na verdade era contratar um atirador de elite para matar com tiro, mas abortaram o projeto. Com o carro em movimento, a chance de errar o alvo seria grande.
- É, mas assim também é arriscado. E se o carro passar por um buraco no trajeto? Dependendo do buraco, a chacoalhada vai ser tão grande que o explosivo pode cair.
- Esquece. Nós praticamente soldamos a bomba no chassi do carro.
- Escuta, o Oswald não vinha ajudar a gente?
- Então... ele me ligou de última hora. Disse que apareceu um free-lance pra ele fazer e não ia dar pra vir.
Esta é uma obra de ficção
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